Engenho Club é seu mais novo projeto de vários. Conversamos com Macedo + Technocast

Publicado 22 de janeiro de 2020 | Por Gustavo Valente | Colunas, Entrevistas, News, Technocast

Ele é DJ, produtor musical, idealizador da label party Under Station, do programa Under Radio, A&R da Infusion Records e mais recentemente deu vida ao Engenho Club, em Santa Maria, junto dos sócios Otávio Weiss e Filipe Basso. Estamos falando de Macedo, artista com uma grande bagagem musical nas costas e experiência de mercado de mais de 10 anos, nome conhecido dentro da cena underground do estado gaúcho.

Hoje ele tem sua pesquisa baseada principalmente no Progressive House, estilo que executa quando é convocado para se apresentar em cima dos palcos. Para dar início aos trabalhos de 2020 aqui no site, trocamos uma ideia com ele que, além de nos dar um panorama de seu trabalho atual, principalmente à frente do Engenho. Escute o podcast que Macedo gravou para nos enquanto acompanha a leitura:

Olá, Macedo! Tudo bem? Obrigado por falar com a gente. Qual foi o momento chave em que você percebeu que a música poderia ser “algo a mais” em sua vida?

Salve, pessoal! Tudo 100% aqui, agradeço o convite. A música tem um poder de conexão gigantesco, ela marca momentos, pessoas, culturas e nos acompanha a vida inteira. Comigo esse processo não é diferente, desde que “me conheço por gente”. Sempre tive essa ligação com a música, na infância era fascinado em gravar playlists na fita K7, depois migrei pro CD e no início de 2006 foi quando comecei a ter os primeiros contatos com eventos, sonorização e CDJ’s, criando uma admiração imensa pela cultura DJ.

Apesar de todo o encanto e desejo de profissionalização, durante uns anos tive uma crença limitante, de que não seria possível ter apenas a música como negócio (profissão), e que para ser “bem-sucedido” profissionalmente era necessário ter uma empresa no mundo corporativo, e foi assim que eu fiz. Passaram-se alguns anos e no final de 2016 eu estava muito descontente com a rotina, o dia a dia, pois estava inserido no mundo corporativo, com um envolvimento considerável em algo que eu não gostava de fazer.

Fiquei praticamente três anos longe da música. Foi então que resolvi me desligar das coisas que não estavam me satisfazendo, e comecei a movimentação de retomada à música, buscando qualificação, pois um dos aprendizados que tive no mundo corporativo foi a busca incessante por conhecimento. Resumindo, acho que esse foi o marco pro entendimento que a música era “algo a mais” na minha vida.

Feeling de pista é algo fundamental para qualquer DJ, mas sabemos que no seu caso existe uma sensibilidade maior neste sentido. Quais práticas são necessárias para desenvolver e aprimorar essa leitura?

Acredito que o fundamental é você amar o que faz, ser intenso e verdadeiro. A empatia, pesquisa, foco e tempo de pista também ajuda muito no aprimoramento dessa leitura.

E ao longo de todos esses anos de carreira, quais experiências mais te fizeram crescer no âmbito pessoal e profissional?

Sem dúvida o maior aprendizado que tive ao longo desses anos é: dedique-se ao que te faz bem, ao que te movimenta. Motive-se pelo prazer, e não pela dor.

Hoje você atua com diferentes frentes criativas na música, sendo DJ, produtor, A&R da Infusion Records e ainda gerencia o novo Engenho Club. Imagino que administrar tudo isso esteja sendo um desafio, mas quais os maiores aprendizados que você tem tirado destas experiências num geral?

Realmente tem sido um grande desafio, principalmente em relação ao Engenho Club. 2019 foi um ano muito intenso de implantação de projetos importantes pro meu amadurecimento, tanto como pessoa como profissional. E é aqui que reforço a importância de fazer aquilo que você ama, porque será essencial investir tempo, dedicação e muito foco.

No Engenho, apesar do foco na música eletrônica, vocês tem organizado festa de diferentes estilos musicais. Como tem sido a recepção do público? Qual o balanço que você faz destas primeiras semanas de vida do Engenho?

Nossa ideia estrutural foi toda projetada para música eletrônica, que é a nossa veia principal, mas com alguns diferenciais que nos permite trabalhar com outras vertentes musicais. O balanço nesses primeiros meses é muito satisfatório e a previsão para os próximos é muito positiva também.

Quais as novidades que podemos esperar para 2020? O que você tem em mente para seu lado artístico e também para as outras iniciativas? Obrigado pelo bate-papo!

Em 2020 vou me dedicar em três frentes: Engenho, Infusion Records e um novo projeto desafiador que será lançado no decorrer do ano. As expectativas são as melhores possíveis. Foi um prazer trocar essa ideia com vocês e convido todos a virem a Santa Maria conhecer essa cidade que é apaixonada pela música eletrônica. O Engenho em especial está aguardando todos de portas abertas. Feliz 2020 para todos!

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