Prestes a se apresentar na KNTXT Brasil, Acid Asian reflete sobre sua evolução e relação com a marca

Publicado 10 de novembro de 2023 | Por Ramon Carvalho | Colunas, Destaques, Entrevistas, News, Sem categoria

Brasileiro fez show na Holanda e ainda tem data marcada no Reino Unido

Faltam poucos meses para 2023 terminar, e Acid Asian tem aproveitado o ano como ninguém! Com nome estampado nos principais festivais da cena no país e fora dele, recentemente o DJ e produtor se apresentou no Tomorrowland Brasil, lotando o palco no início da tarde. Mas além disso, ele também tocou durante o Amsterdam Dance Event (ADE), a maior conferência de música eletrônica do mundo, na Konnected, edição da KNTXT, marca da belga Charlotte de Witte.

E para brindar sua relação com a label party e gravadora, ele ainda se apresenta na edição brasileira da festa na próxima semana (10) e em Manchester, no Reino Unido, no fim do mês (25), pouco depois de sua performance no DGTL São Paulo. Vale dizer que tem EP também pela sublabel RPMX saindo do forno na quinta-feira (9).

Conversamos com o artista sobre sua evolução na carreira, bem como sua ligação com a KNTXT. Confira abaixo:

Quando falamos em KNTXT, não tem como não lembrar de Acid Asian! Você estreou em grandes festivais na edição brasileira do ano passado e desde então vem cavando seu espaço em outras edições pelo mundo afora em 2023. Como enxerga sua evolução tanto na produção musical quanto nas performances em show?

Acho que a cada música que termino, eu vejo uma evolução. Isso aí não é clichê, para mim é muito perceptível. Toda vez que eu termino uma música, eu vejo algo diferente da minha última música, por isso quando alguém me pergunta “qual dica você pode dar?”, eu acho que é sempre: termine sua música, mesmo não ficando boa, porque o que você aprendeu nesta última, você leva para a nova e assim por diante. Eu também sempre estou vendo algumas algumas aulas no YouTube ou até assistindo séries para pegar algumas referências que eu possa trazer para minha produção.

Quanto às minhas performances, eu acho que segue a mesma coisa. A cada gig eu me sinto mais confortável com os equipamentos e aí eu acabo me expressando melhor para o público. Isso ficou muito visível na minha última apresentação no DGTL goes to D-Edge. Eu saí de lá leve e falei “caramba, acho que foi uma das minhas melhores apresentações até então”. No começo da carreira eu sempre estava meio nervoso pensando se track iria funcionar, se eu saberia lidar com equipamento… e agora está sendo totalmente diferente. Nesta última apresentação, por exemplo, eu conseguia escolher sem a pressão de que “nossa, será que se eu colocar essa track vai dar certo?”. Eu tocava e via a reação da galera e já sabia para onde eu queria ir na próxima. Então a cada apresentação eu aprendo mais um pouco e fico mais confiante com os equipamentos em si.

E por falar em música, você lança um novo EP pela RPMX, sub label da KNTXT. São quatro tracks, certo? Quais foram as inspirações para produzi-las? 

Eu estou muito feliz em voltar novamente à KNTXT. É mais do que um lançamento, como eu falei ano passado, tem todo um significado… sempre que eu lançar por lá vai ser algo a mais. E o EP é formado por quatro tracks, sendo uma delas uma faixa ambiente que eu acabei criando e adicionei taiko, um instrumento de percussão japonês, que fiz por cerca de dez anos, e acabei colocando nessa música de ambientação, que normalmente eu uso pra começar meus sets. Aí nas outras três tracks eu tentei fugir um pouco do Acid. Em uma delas eu utilizei um vocal de rap, que escuto bastante. E as outras duas são mais conceituais. A “The Night” acho que é uma das minhas melhores tracks até então, uma das que eu mais gosto, porque acho bem introspectiva, tanto no formato da track quanto no vocal dela, e a “Journey” tem uma melodia em si que lembra um pouco pegada no Trance. 

Tentei fugir um pouco do timbre do Acid nesse EP, foi algo que eu conversei com a Charlotte no passado, e acabei tentando ir para uma outra linha, mas mantendo sempre o meu estilo. E isso que é interessante, porque toda vez que eu toco uma música minha, a galera já começa a reconhecer mesmo sem ser o Acid, sabe? 

Recentemente você estreou na Europa em uma apresentação durante a KNTXT no ADE, a maior conferência de música eletrônica do mundo! Foi um show especial, em que tocou solo e depois em b2bs com demais artistas. Conta pra gente como foi essa experiência.

O ADE foi uma experiência única, não tenho como descrever o que foi aquele dia, porque eu não estava esperando tocar lá, e quando veio o convite eu não acreditei. Lá a gente jantou  todo mundo junto e o ambiente foi sensacional. Acho que esse estilo de festa, a Konnected, que são vários B2Bs entre cada set e no final um B2B com todos os artistas, é um outro ambiente. É como se você reunisse vários amigos em um rolê e cada um virasse uma música, assim, sabe? É bem leve, não é igual aquela festa formal que cada um termina um set, aí depois vem o outro. Eu senti isso, que parecia um happy hour. E na hora que eu estava tocando com todo mundo ali no final, eu sempre virava uma música, dava um passo pra trás e ficava olhando os três – o Alignment, a Charlotte e a Onyvaal -, e pensando “não acredito que eu estou aqui”. Foi bem engraçado, porque se você olhar nos vídeos, normalmente eu estou um pouco pra trás. E é por isso mesmo, justamente porque eu estava tentando entender o que que estava acontecendo. Era um evento que eu sempre quis tocar desde que ela lançou. Foi inesquecível e eu vou levar pra vida, com certeza.

Você está prestes a reencontrar a Charlotte de Witte, mas desta vez em São Paulo mesmo. Como tem se preparado para a KNTXT Brasil agora em novembro?

Estou bem ansioso também, ainda mais que o lançamento do EP vai ser um dia antes, então a estreia do EP vai ser lá e já vai dar tempo da galera ir escutando um pouco antes do show. O set vai ser  parecido com o do ano passado e podem esperar algo bem pra cima. Primeiro estou focado na gig desse final de semana, que eu toco no Pará, e aí na semana seguinte eu começo a me preparar mesmo para KNTXT aqui no Brasil.

Para finalizar, depois dessa, você ainda se apresenta em Manchester com um belíssimo de um line-up! Com quais dos artistas você gostaria de fazer uma colaboração?

Eu não tenho nem o que falar do line-up e da venue também que eu vou tocar. Além de ser a minha estreia lá em Manchester, uma estreia com pé direito, um lugar muito bom, que é o The Warehouse, e um artista fugindo do óbvio, que seria a Charlotte, acho que eu gostaria muito de fazer uma collab com o Alignment e com a Ki/Ki.

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