Falamos com o Touchtalk antes de seu retorno ao Warung Beach Club
Por Giselle Xavier (Heritage) via Fiel ao Templo
Quando falamos da “concept music” e o que está por trás de toda a cena eletrônica, não podemos deixar de considerar a nova leva de talentos que está surgindo mundo a fora. No entanto, quando falamos de pessoas que estão nessa jornada há mais tempo, nos intriga saber o que se passa nos planos, projetos e pensamentos desses artistas. E foi isso que o papo reto de hoje foi buscar.
Escolhemos o duo brasileiro Touchtalk, formado pelo irreverente Estevão e pelo menino sério Gabriel (os dispostos se atraem), que juntos estão completando 10 anos (eu escrevi isso mesmo, dez anos) de carreira. E baseada na minha ideia de que a música se renova de tempos em tempos, fui atrás deles para responderem minhas perguntas tendo em mente que eles também se reinventaram na pandemia e renovaram o guarda-roupa.
O TouchTalk, como é conhecido, abriu a caixa de Pandora para o Fiel ao Templo e falou exclusivamente com a gente alguns dias antes de seu esperado retorno ao Warung Beach Club.
Heritage: Touchtalk um nome estrangeiro para um som genuinamente brasileiro em planíssima ascensão… como vcs descrevem o trabalho atual!?
TouchTalk: Desde o final de 2019 quando começamos a experimentar coisas diferentes em nossas produções musicais e começamos a flertar com o Indie Dance, muita coisa legal aconteceu. Desde o primeiro suporte do Solomum, em 2020, tocando a nossa faixa Visceral, os retornos aos clubs Warung, Vibe e D-Edge, e estreias no CAOS e Green Valley… O momento é muito positivo e especial. A gente esta completando 10 anos de TouchTalk em 2022 e seguimos nos reinventando a todo momento.
Heritage: Qual é a sensação de voltar ao templo?
TouchTalk: A sensação é maravilhosa. Tivemos grandes noites no templo, principalmente em nossa estreia em 2015. Nunca havíamos sentido uma energia como aquela. E estamos super animados e ansiosos para receber essa energia novamente.
Heritage: O que o Club representa para vcs no modo geral, desde pisteiros até artistas renomados?
TouchTalk: O Warung tem um vibe única. Tocando ou curtindo na pista, é algo difícil de explicar. A conexão entre o Dj e o público é muito grande. E para quem batalha por anos para chegar lá, é um sentimento de que tudo valeu a pena. Isso é muito recompensador. É o sonho de todo Dj, desde os mais iniciantes até os big names.
Heritage: Os trabalhos estão a todo vapor por aí que eu tô sabendo… um passarinho me contou que vem uma collab irada com um nome grande do indie dance mundial… posso dizer que vocês abraçaram a vertente e colocaram a cara de vocês nela com pitadas de quais outros subgêneros?
TouchTalk: Sim. Muita coisa acontecendo. Collab com grandes nomes do Indie Dance, lançamentos em grandes gravadoras por acontecer ainda esse ano… Já sobre o Indie dance, o estilo é muito aberto a possibilidades. Achamos que caminha lado a lado com o Melodic House & Techno. É uma mistura interessante e a gente tem feito bastante isso. Tem dado certo e tem chamado muita atenção dos Djs e do público.
Heritage: Vcs tem noção de que são referências para as pessoas, né? Então deixa aí uma dica para aqueles que estão iniciando na carreira artística.
TouchTalk: Acredite em você. Acredite no seu propósito na música. Respeite o tempo do processo. Estude bastante, troque informações com outros artistas. É demorado, é um pouco sofrido, mas uma hora acontece. Pode ter certeza!
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