Impulsionando a cena Techno catarinense, Phobia Project conta novidades para 2023

Publicado 24 de janeiro de 2023 | Por Techno Perfect | Entrevistas, News

Entrevistamos TEGRON e MADDOX, pilotos do núcleo criado em Blumenau/SC 

2019 marcou o ano em que Santa Catarina passou a ter uma possibilidade sólida de curtir Techno, em especial na cidade de Blumenau. O Phobia Project chegou forte e cresceu rápido na região, reunindo os clubbers que têm nas vertentes mais potentes do Techno o seu combustível, e na liberdade o seu estilo de vida. 

Conduzindo o projeto, o duo TEGRON e a artista MADDOX trabalharam para reverberar os valores da Phobia Project claramente: promover um espaço seguro e de livre expressão para os fãs de Techno, na mesma medida em que apresenta artistas e performers locais e estrangeiros de vertentes como Hard, Dark e Industrial Techno. 

Além das várias festas e momentos inesquecíveis proporcionados ao público de Blumenau, o propósito da Phobia Project foi além das divisas e criou também uma super festa em Curitiba e um showcase no Terraza Music Park, em Floripa. A fim de entender o que esperar do núcleo em 2023, conversamos rapidamente com a produção. 

Oi, pessoal. O Phobia Project começou em 2019 e de lá para cá foram três anos acreditando na cena Techno. Como enxergam o núcleo hoje? Estão satisfeitos com o que alcançaram?

Olá! Obrigado pelo espaço novamente.

Enxergamos nosso núcleo hoje com uma consolidação muito amor e em crescimento em nossa região, além de um público frequentador muito mais engajado e diferenciado. Sabendo que boa parte disso se dá por todo o trabalho massivo em inclusão que fazemos.

Sim, estamos muito satisfeitos com todo esse movimento que conquistamos, mas somos extremamente gananciosos com relação a todo esse desenvolvimento cultural, artístico e social.

Quais vocês diriam serem os aspectos fundamentais da Phobia Project, que a levaram a solidificar seu espaço na cena underground de Techno?

Os aspectos fundamentais que visualizamos, como nossos pontos mais fortes, são a essência marcante do projeto, sua identidade bem estabelecida, com propostas e propósitos bem delimitados, toda a garra e perseverança em seguir em frente em busca de um reconhecimento global, além do amor que sentimos por toda essa cena.

A festa bate bastante na tecla da diversidade, respeito e livre expressão. Como vocês fazem para atrair um público que compartilhe dos mesmos valores que o evento? 

Somos um dos núcleos pioneiros em Santa Catarina, pioneiros em Blumenau, a disponibilizar uma lista de inclusão para pessoas TRANS/DRAG/NB/PCD totalmente FREE, além de uma lista com valor único (inferior a primeiro lote) para pessoas pretas.

Além disso, também disponibilizamos um espaço seguro para que toda e qualquer pessoa possa se expressar da forma como prefere, se sente mais à vontade, sem qualquer medo de represália ou punição.

Entre as muitas festas que vocês fizeram, tem alguma que criou um lugar especial na memória de vocês? Por quê? 

Com votação unânime entre nós três, a primeira edição foi a que nos marcou mais profundamente, devido a toda a aceitação e engajamento do público, que nos mostrou toda a necessidade de existir uma festa com esse conceito aqui na região. Por já conhecermos a noite local, nossa expectativa não era tão grande, mas, todos os presentes amaram, compraram a ideia e após o evento recebemos inúmeros pedidos para realização de novas edições.

Qual foi o maior aprendizado, para vocês enquanto agitadores culturais, nesse período à frente do núcleo?

Com toda a certeza, a importância de um bom planejamento, fazendo com que não fiquemos dependendo de terceiros. Além disso, a triste realidade de não apoio de outros núcleos locais, pessoas próximas, artistas e afins.

Em contrapartida, isso agiu como combustível para que continuemos  e conquistemos tamanho reconhecimento a nível nacional e internacional, principalmente de outros núcleos que desempenham trabalhos tão gigantes quanto o nosso.

Abrir espaço para artistas locais também se tornou uma peça chave em toda a construção e nossa história, assim, trazendo para trabalhar ao nosso lado, artistas que precisavam apenas de uma oportunidade para mostrar sua arte.

O Phobia Project tem colaborado para o desenvolvimento de vocês como artistas também? 

Com toda a certeza. O Phobia Project é uma extensão artística de cada um de seus organizadores. Onde cada edição, faz com que consigamos aprender e nos desenvolver em paralelo com o selo.

Contem-nos sobre a curadoria do evento, como vocês pesquisam e recrutam talentos da música e da performance para incluir no seu movimento?

Como todo o artista que irá se apresentar em nosso projeto, desenvolvemos uma conversa extensa com intuito de conhecer melhor cada um, mas, pontos fundamentais para isso são: a frequência do artista em nossos eventos, identificação do gênero musical deste e se este artista apresenta uma arte próxima da proposta do selo, abraçando assim toda a nossa causa.

A próxima edição está prevista para março. O que podemos esperar desta edição?

Em cada edição estabelecemos um tema e essa primeira edição do ano de 2023 vai trazer com certeza um conceito intenso e revolucionário, com intuito de começarmos o ano com força total.

E para o restante do ano, estão projetando novidades? Vai ter mais Phobia Project fora de SC?

Sim, com certeza o ano de 2023 está repleto de novas collabs, lançamentos, artistas debutando, conceitos explosivos e certamente edições fora de Santa  Catarina.

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