Time Warp trouxe toda sua intensidade e energia novamente para a 3° edição em São Paulo.

O festival alemão trouxe para São Paulo mais uma edição de tirar o folego dos amantes de Techno.

No último fim de semana, 6 e 7 de maio respectivamente, algumas milhares de pessoas puderam se reconectar com a atmosfera envolvente da Time Warp, uma mistura de musicalidade e imersão visual nos dois palcos instalados no Sambódromo do Anhembi.

Nos dois dias de festival, focamos mais em acompanhar os artistas do palco Cave, onde temos mais intimidade sonora. Mas conseguimos também acompanhar brevemente alguns artistas do palco Outdoor, além de desfrutar de toda estrutura preparada para suprir o público.

PALCO CAVE

O palco Cave é um espetáculo até sem som. Toda parte de iluminação, decoração e seu desenho deixam o ambiente imersivo e intenso. Agora se a gente somar com toda musicalidade dos artistas escalados, nós não conseguimos ficar em outro lugar a não ser dentro dele.

Dentro do Cave conseguimos ver a apresentação de Victor Ruiz no primeiro dia e matar a saudade das produções antigas do artista, que alterou sua linha de produção a alguns anos e iniciou uma crescente exponencial. Ver toda essa evolução e conseguir presenciar uma mescla do novo Victor com o oldschool foi incrível.

Marcel Dettmann se apresentou sozinho, e não conseguimos entrar em sintonia com o som apresentado pelo artista, mas a Charlotte na sequencia conseguiu dar um animo bem maior a pista, com sons mais explosivos e ácidos. Ponto positivo para os 45minutos finais do set, mais conciso e denso do que o início.

Nosso brilho da noite começou as 04:00, estávamos aguardando ansiosamente Nina Kraviz, uma das preciosidades da Time Warp. Nina vem sempre com um início meio “desentrosado” e obscuro, mas que aos poucos vai engrenando em uma crescente até o fim do set. Passando por sonoridades progressivas, techno, acid e muita diversidade de vertentes de forma sóbria e excepcional. Nina é sempre incrível!

Para fechar o primeiro dia, pudemos acompanhar toda explosão de Kobosil que não deixou a desejar, o artista veio um pouco puxado para um lado mais obscuro, e ninguém ficou parado na pista até as 08:00 da manhã ao fim do seu set.

No segundo dia, chegamos mais para o final do set do Lcio e não conseguimos captar muita coisa, logo em seguida entrou a Giorgia Angiuli Live. Confesso que estava meio receoso devido a alguns feedbacks, mas decidimos ficar para acompanhar o live-set e fomos providos de um set muito envolvente, progressivo e de altíssima qualidade. Uma entrega de pista bem a altura do que estava por vir. Sven Väth!!!

Sven Väth é peça chave na Time Warp, a cartada de mestre em meio ao caos, a elegância em forma de música. Aos que puderam finalmente conhecer o artista, e ao público que já conhecia, todos puderam se amparar em nada menos que três horas de set do experiente PAPA do techno. Sven trouxe muita musica dançante, fazendo um verdadeiro baile na pista, mixagens precisas ou não, sua seleção musical vale cada segundo de atenção. Ter que sair da pista para buscar uma bebida ou ir ao banheiro era uma tarefa difícil, executada o mais rápido possível. Uma apresentação incrivelmente linda. Sven é para todos!!! Já deixou saudades novamente.

Após Sven, Maceo Plex entrou, porém não ficamos na pista, voltamos nas suas ultimas músicas, porém não nos conectamos novamente com o artista. O fechamento ficou com o estreante mais aguardado, Reinier Zonneveld Live.

Reinier fez um espetáculo incrível, tocou quase todas suas musicas conhecidas, com grandes momentos de explosão em seu set, fazendo o público pular a todo tempo, musicas dançantes, musicas acidas, e elementais. Realmente valeu a pena esperar pelo artista até o fim do segundo dia.

OUTDOOR

O palco Outdoor teve um clima mais leve com DJs com apresentações bem dançantes. Assistimos apenas a apresentação do duo ArtBat no palco de fora no segundo dia, no horário do Maceo Plex na Cave. O duo já iniciou o set com o clássico remix da Keep Control, a musica que todos gostam, isso já elevou a animação do público logo no começo. Ao longo da apresentação os DJs tocaram várias músicas da autoria deles, com uma apresentação bem característica.

A iluminação do palco de fora estava bem apresentada, visto que o palco era aberto, os lasers tomaram conta até onde alcançavam. O que nos chamou então também foi a iluminação lateral, como o público não teve a experiência de andar no meio da Sambódromo para chegar ao festival, as laterais do palco imitavam a Sambódromo pensando na experiência do público, gostamos desse detalhe e cuidado em remeter ao local.

ESTRUTURA

Uma das primeiras coisas que gostamos de fazer quando chegamos a um evento é conhecer todo o espaço do evento, andar pelas estruturas, palcos, bares, praça de alimentação, locais onde tem banheiros e locais de descanso.

Nesta edição conseguimos sentir uma diferença considerável em comparação as edições anteriores quanto a ambientação do festival. A locação da festa foi levemente alterada e o público ganhou um suporte de banheiros físicos, além de outros pontos de banheiro espalhados pelo festival, com torneiras, espelhos e descarga.

Toda área de alimentação também estava muito bem equipada com bastante cadeiras e mesas, além de contar com uma gama grande de opções e preços variados.

A área de descanso estava um pouco maior do que as edições anteriores, abusando dos andaimes, redes e locais para sentar, único ponto negativo, era estar logo ao lado dos banheiros, o que não era muito agradável.

Os bares estavam muito bem localizados logo nas saídas dos palcos, não sendo necessário um grande deslocamento para conseguir acessa-los, além de contar com vendedores que adentravam a pista para oferecer água e bebida. Sentimos alguns momentos de gargalo no meio e final dos dias de evento, onde a equipe ou estava muito ocupada com a quantidade de público, ou estava reduzida. Chegamos a aguardar mais de 15min para ser atendidos em ocasiões pontuais.

No resumo geral, o festival foi incrível mais uma vez!
Aguardamos ansiosamente a 4° edição!