Do contraste entre a disco house e o techno melódico, Daniel Secco lança seu 1º álbum

Publicado 13 de setembro de 2021 | Por Marllon | News, Reviews

“Imagination” chegou na quarta-feira (08) pela Me Gusta Records

*por Lau Ferreira

Um álbum eletrônico cheio de contrastes e nuances. É assim que pode ser definido “Imagination”, o primeiro álbum do experiente DJ e produtor paulista Daniel Secco, lançado nesta quarta-feira (08), pela gravadora carioca Me Gusta Records.

São 12 faixas que se dividem, basicamente, em duas vertentes: disco house e techno melódico, o que pode causar estranhamento nas primeiras audições, já que os estilos, bastante diferentes entre si, intercalam-se ao longo da obra.

“Dark In Process” e “Hard Disk” dão o primeiro tom. Sons bem melódicos, com synths e baterias de techno e alguns elementos de house. Quando a terceira faixa, “Sunday”, entra em campo, o LP surpreende com a instauração da outra proposta: violinos, baixo orgânico e super groovado, piano, synths e samples vocais de diva mostram a faceta da disco house, que dá as caras em metade de “Imagination”.

Na criação de Secco, essas duas vertentes têm em comum os arranjos old school e sintetizadores analógicos, a musicalidade — representada por harmonias complexas e frases musicais longas — e o tempo de duração, que sempre fica entre os seis e os oito minutos.

“Cosmic” é ácida e viajante. “Funk Swing” é autoexplicativa: uma explosão suingada com metais, guitarras e linha percussiva que remetem a ritmos latinos como a salsa.

“Liquid Stranger” vem em uma embalagem electronica, repleta de ambiências, synths e texturas que lembram as grandes músicas do Chemical Brothers. “Kick Bass” segue na mesma pegada old school, enquanto “Universe” é um progressive house com batida tribal e selvagem, com bastante punch.

“Heart Broken” retorna ao ambiente super dançante da disco house, mas surpreende ao entrar com um break super soulful. O resultado é uma das passagens mais diferentes, musicais e especiais do álbum.

“Imagination”, a faixa-título, segue a continuidade disco/houseira, sendo bem groovy e cheia de loops. “Sweet Dreams” dá uma pausa nas percussões; é a música mais reflexiva, etérea e atmosférica. Por fim, “Twenty House” fecha o LP com a elegância de violinos, baixo suingado e os vocais femininos clássicos da house.

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