O The Primitive Soul de hoje vai muito além do Techno melódico

Publicado 27 de outubro de 2020 | Por Marllon | Entrevistas, News

Quem escuta as músicas de um produtor ou um set de um DJ, muitas vezes nem imagina que por trás desses materiais existe um profundo trabalho de pesquisa, técnica e horas de trabalho para chegar no resultado final. Faz parte da carreira de qualquer músico ouvir, descobrir, garimpar, experimentar e testar tudo o que for relacionado ao som, afinal, é dessa experiência com diferentes sonoridades que um artista vai definindo sua identidade ao longo dos anos.

O som que ouvíamos do The Primitive Soul dos últimos anos, por exemplo, não é mais o mesmo do atual, já que a vivência nestes cinco anos de carreira até aqui mostrou que o duo pode ir além sem ficar preso em um único estilo. Há alguns meses, toda a comunicação e o direcionamento sonoro do projeto era voltado principalmente ao Techno, do mais reto ao melódico, mas Lucas Bittencourt e Ricky Raimundi perceberam que é possível pisar em outros terrenos sem perder a sua essência, sua identidade.

 

 

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Como queríamos estar nesse sábado quente, agonia pra liberar os baile?⁣ Quem mais? 🤔💥⁣ @seaslabel @athome343

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Vocês estão passando por um momento de “transição sonora”, não exatamente transição, mas sim de abertura para novos sons… certo? Vocês se inspiram em outros artistas/projetos que também apostam nesse “formato” mais amplo?

Clubs e labels são geralmente ligadas a gêneros mais específicos e nós muitas vezes nas nossas pesquisas nos deparamos com tracks que não se encaixam no nosso set de “techno”, mas que gostaríamos de tocar. Chegamos a conclusão que deveríamos abranger todos gêneros que se encaixam no nosso gosto, assim tendo um leque mais amplo de festas para se apresentar também. 

Um artista que nos inspiramos nesse sentido seria o Denis Sulta, a transição de gêneros num mesmo set/apresentação, é muito como estamos transicionando para fazer. Achamos que nosso gosto pessoal vai achar as similaridades de tracks com gêneros diferentes.

E falando da pesquisa musical atual de vocês… quais são os ‘queridinhos’ do momento? Artistas que vocês pretendem incluir no sets e que mostram essa variedade de estilos?

Tem dois artistas que no momentos estamos ouvindo bastante, e que são uma boa representação de opostos que são: Fatima Yamaha e UMEK. Espero que logo tenhamos a oportunidade de mostrar como se encaixam num mesmo set. E além disso, estamos tentando dar bastante atenção para produtores nacionais e amigos, tem muita coisa boa aqui no nosso quintal. Assim como tracks autorais que não podem faltar…

A produção musical também vai seguir essa estética mais ampla? Ou deve se manter no Techno?

A produção já segue uma linha mais ampla tem um tempo, tem muita coisa que achamos que nunca vai ver a luz do dia [risos]. Mas na produção, vai muito de inspiração, tendemos a dizer que não escolhemos o gênero da música, ela se escolhe sozinho. Temos até projetos de hobby em que produzimos Hip Hop, então nosso gosto é bem amplo…

E além dessa nova fase, tem alguma novidade que dê pra adiantar?

Na questão da produção, temos muita coisa que estão finalizadas e cerca de 20 projetos em aberto em diversos estágios de produção, então esperem muita música nos próximos meses haha. Logo mais, vai sair um streaming que fizemos num lugar inusitado, com muita qualidade e diferente do que tem no mercado, vai valer a pena assistir.

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